Se quiser, ou puder, e se der, quando der (...) Leia!

Ando eu já pelas tantas buscando inspiração (…). É preciso escrever algo, dar continuidade ao BLOG, mesmo que ninguém o leia, mesmo que ninguém tenha tempo de lê-lo ou sequer uma motivação para tal. Ter o hábito de ler é algo difícil, pois apesar de extremamente aprazível, ao menos na minha opinião, a vida não nos deixa muito tempo para delirar nas linhas, e o prazer, ah o prazer! Ele simplesmente não acontece.

Compararia o tempo que nos sobra para ler àquelas manhãs de desejo, que têm o ápice do sexo frustrado pelas pressões da vida e da correria de mais um dia de trabalho e Universidade que nos espera. Comparação esdrúxula a minha, não? Mas nada melhor do que comparar "ler" a "fazer amor", pois segundo meu incrível guru, Rubem Alves, "ler é fazer amor com as palavras". Esse é poeta!

Por falar em guru, na minha busca por inspiração nesta madrugada lia algumas frases da grande poetisa, maravilhosa, Clarice Lispector. Uma delas me chamou muito à atenção:

-Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... "

Como não podia ser diferente, achei perfeito!

Esse negócio de querer ser o herói do mundo já cansou, sabe? Vivemos na expectativa de que mudaremos tudo. E conseguimos muito pouco até hoje forçando a barra como temos feito. Estamos sempre olhando para o externo, esquecendo-se de tanto que há para ser visto dentro de nós. E como precisamos "olhar para o nosso rabo", desculpe-me a expressão.

Desabrochar na e para a vida! Salvar-nos do próprio tédio que nos tornamos e viver mais intensa e brilhantemente. Precisamos chamar a atenção para a beleza, para o rio de vida que insiste em jorrar em nosso peito e permitir que as pessoas se embebedem com ele e comecem a existir numa maneira mais interessante, bonita. O mundo está opaco, sem graça!

A minha avó dizia a cada novidade que aparecia na televisão. Ela ainda deve dizer, mas não tenho tempo para visitá-la em Minas. –Esse povo não tem mais o que inventar- É vó! Acho que a senhora finalmente está certa. Acabou-se o repertório das grandes invenções, ou então elas são efêmeras demais para que lhes demos atenção. Bem, talvez não, só que eu não me sinto mais atraído por elas. Achei um outro grande barato na minha vida: -Viajar aqui mesmo, me interiorizar, pensar sobre mim, sobre Deus, sobre o Deus que habita em mim, que me impulsiona. Me delicio, me assusto e pasmem, me surpreendo com a enormidade de assuntos, novidades e coisas maravilhosas que surgem a cada segundo na minha mente. Todas essas coisas estão ávidas por desabrochar dando sentido a minha existência e a de tantas outras pessoas.

MOMENTO LIVRO DE AUTOAJUDA:

Te convido a fazer o mesmo hoje. Viajar em você! Nos seus sonhos, nos seus pensamentos. Anote-os! Sonhe! Delicie-se com eles! Veja quanta coisa maravilhosa há em você! Quanta luz, quanta cor! Se não houve motivação agora, não importa. Descanse! Ela está aí latente e nascerá, só não a impeça no momento em que ela quiser raiar, deixe-a. Veja que o melhor que você pode oferecer é aquilo que o mundo precisa e não tem para te devolver, mas dê, com graça, de graça e crendo que você é uma peça de um enorme quebra-cabeças, por menor que seja a peça que você represente, sem ela, nunca o jogo ficará completo.

P.S.>>> A respeito da mensagem, é minha, embora ela seja piegas, queria que você a lesse sem preconceitos, levando em conta que na vida nem tudo são fórmulas novas e revolucionárias. A rotina pode sobreviver de retalhos de panos com ideias velhas, mas que recicladas podem dar numa linda almofada que devolve a beleza a um sofá que com os anos parecia ter perdido a graça, trazendo cor e fazendo-o parecer novo.

JCLJ- 16 de Outubro de 2009. 02:12 da Madrugada.